domingo, 4 de outubro de 2009

Alguns dos termos liturgicos


Aleluia: palavra hebraica - louvai o Senhor. É uma expressão de alegria que se usa principalmente na aclamação ao evangelho; no ofício, muitas vezes; abundantemente no tempo pascal. Não é usado no tempo da quaresma.


Alfaias litúrgicas: são todos os objetos que servem de certo modo ao exercício da liturgia, por exemplo, cálice, patena, casula, etc. Geralmente são as toalhas e ornamentos do altar.


Amém: palavra hebraica que alguns traduzem por assim seja, assim aconteça. Esta palavra não se traduz. O Apocalipse (3,14) chama Jesus de o Amém, e a 2ª Carta aos Coríntios (1,20) afirma que é em que dizemos amém. Santo Agostinho diz que o nosso amém é a nossa primeira assinatura, o nosso compromisso.


Ano Litúrgico: Leia sobre o ano litúrgico em outro artigo nosso, clicando aqui.

Antífona: texto curto antes e depois de cada salmo da Liturgia das Horas, que exprime sua ideia principal.


Cânon da missa: oração eucarística.


Catecumenato: tempo de iniciação à vida cristã e preparação para o batismo.


Concelebração: celebração simultânea de mais um sacerdote à mesma missa.


Doxologia: fórmula de louvor que geralmente se usa em honra da Santíssima Trindade. Na liturgia recebem o nome de doxologia o "Glória ao Pai...", o "Glória a Deus nas alturas" e o "Por Cristo, com Cristo...", no final da oração eucarística.


Cruciferário: aquele que leva a cruz nas procissões.


Epiclese: oração da missa com a qual se invoca a descida do Espírito Santo para que ele, antes da consagração, santifique as oferendas, e após a consagração santifique e associe a assembléia dos fiéis à vida de Cristo.


Exéquias: ritos em favor dos fiéis falecidos.


Memento: parte da oração eucarística em que se recordam os vivos e falecidos.


Participação do acólito na celebração (parte III)


Terminada a consagração, o celebrante intercede por nós, pela Igreja, pelo Papa, pelos Bispos e por todos os Padres e pelos fiéis vivos e pelos já falecidos. Depois rezamos o Pai-Nosso, a Oração pela Paz e somos convidados a receber o corpo de Cristo que nos é dado como alimento.

A presença do coroinha pode ser necessária durante comunhão, junto ao Ministro da Eucaristia para:

  • segurar a patena para evitar que a Hóstia eventualmente caia no chão. Hoje em dia quase não se vê isto, visto que a Hóstia é entregue nas mãos dos fiéis.
  • para assegurar-se de que todos comungam ali mesmo, evitando-se que pessoas usem a hóstia para outros fins.

Ao término da distribuição da Eucaristia, é hora de “tirar a mesa”. O acólito deve novamente servir a água ao padre, para que este possa purificar o cálice e a âmbula.

Os Ministros da Comunhão lavam as mãos (ou somente os dedos, após a comunhão. Como fez para o celebrante, o acólito poderá faz o mesmo que fez no “Lavabo”, ajudando os ministros a purificarem as mãos/ os dedos.

Depois que todos os objetos (cálice, cibório, patena) foram purificados, os mesmos deverão ser recolhidos para a credência, junto com a pala, o corporal e o sanguinho.

Após a comunhão, agradecemos, cantando, rezando ou simplesmente em silêncio por alguns instantes. Em seguida, ouvimos a oração final, que é um compromisso que assumimos com o Cristo que recebemos na comunhão.

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Participação do acólito na celebração (parte II)


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Para quem ainda não viu, acompanhe todos os artigos da série “Participação do Acólito na Celebração, Passo a passo”, clicando aqui

Continuando…

c) Liturgia Sacramental:

A Liturgia Eucarística tem o seu início quando são apresentados pão e vinho e as nossas ofertas, acompanhadas do canto do ofertório.

Este é o momento é que a participação do coroinha se faz mais importante, é o momento de servir ao celebrante.

  • Mas como um coroinha deve proceder nesta hora?

Sobre o altar devem ser colocados todos os objetos da credência que serão utilizados na Consagração: o cálice, a âmbula (ou cibório), o corporal, a pala e a patena com a Hóstia maior. Sabemos que em algumas comunidades tais objetos já possam estar sobre o altar.

Em seguida o coroinha deve apresentar as galhetas, contendo o vinho e a água para serem consagrados. Primeiro entrega-se o vinho e depois a água, sempre usando a mão direita para fazer a entrega ao celebrante.

Depois disso, o celebrante “lava as mãos”, no gesto simbólico chamado Lavabo, onde o coroinha derrama um pouco de água e o celebrante faz uma oração especial. O coroinha deve utilizar uma pequena e discreta bacia para receber a água que é usada para purificar as mãos do sacerdote. Use também uma pequena toalha para enxugar as mãos. Esta “toalha” que enxugará as mãos do celebrante é chamada manustérgio.

O celebrante reza em seguida a Oração sobre as Oferendas e o Prefácio, que é um Hino de Ação de Graças a Deus. Nós coroinhas, assim como toda a assembléia, respondemos rezando ou cantando o “Santo”. A Oração Eucarística, que foi iniciada com o Prefácio é a narração do Mistério Pascal de Jesus: Paixão, Morte, Ressurreição e Glorificação.

Quando o celebrante invoca o Dom do Espírito Santo sobre as oferendas, estendendo a mão sobre o pão e o vinho, - momento este chamado de epiclese – o acólito toca a sineta, para que todos se ajoelhem para a consagração. Neste momento o celebrante oferece a Deus o Corpo e o Sangue de Cristo.

Ao elevar a Partícula, o Corpo de Cristo, e o vinho, o Sangue de Cristo, o acólito toca a sineta, convocando a assembléia a reverenciar o Corpo de Cristo.

O celebrante dá seqüência aos ritos, com a assembléia e os coroinhas já em pé.

Participação do acólito na celebração (parte I)


Darei continuidade á Participação do Acólito – passo a passo – na celebração. Acompanhe a primeira postagem sobre este assunto:

Participação do Acólito durante a Celebração

Como já sabemos, a Santa Missa é dividada em quatro partes, chamadas Ritos:

a) Ritos Iniciais:

Os Ritos Iniciais é composto da introdução ou comentários iniciais, o canto de entrada, a saudação com o Sinal da Cruz, o Ato Penitencial, o Hino de Louvor e a Oração que reúne as intenções do povo presente à celebração e da Igreja.

Durante esta parte da missa, o acólito deve permanecer de pé, como sinal de prontidão ao serviço que desempenha. O “Estar em pé”, significa também a disposição em caminhar ao encontro do Senhor.

b) Liturgia da Palavra:

Agora sentados, esutamos o que o Senhor tem a nos dizer através das leituras. Primeiro ouvimos a primeira leitura, geralmente retirada do Antigo testamento; Depois ouvimos o Salmo Responsorial, onde damos a nossa resposta a Deus. Na sequência a segunda leitura, do Novo testamento. Em seguida é o momento de estarmos de pé para a aclamação e a escuta da Palavra de Deus, no anúncio (leitura) do Evangelho, que é a terceira leitura.

Depois da leitura do Evangelho, ficamos novamente sentados para ouvir a homilia que é a explicação das leituras, geralmente feita pelo celebrante. Após a homilia, ficamos de pé pra professarmos a nossa Fé (Credo) e em seguida os pedidos de todos os presentes, por meio da Oração dos Fiéis.

Vale ressaltar aqui, que embora estes sejam os procedimentos padrões para uma missa, podem ocorrer ocasiões diferentes as que estamos habituados: pode haver a proclamação de apenas uma leitura ou até de mais leituras, como ocorre na Vigília Pascal.

Alguns pequenos ritos, como a vestição de novos Coroinhas, podem ocorrer após a Homilia ou em substituição a esta.

Outras cerimônias que podem ocorrer duante uma celebração:

  • celebração dos sacramentos da Crisma, do Batismo, do matrimônia ou de bodas e outras.



Faça apenas sua função.


atarefado

É comum vermos em nossas paróquias, em nosso grupos de acólitos, coroinhas hiperativos, sempre atentos a tudo e em todos. Coroinhas que, ao menor sinal, sabem o que fazer, no momento certo.

Entretanto, ao mesmo tempo em que isso é bom, pode tornar-se ruim para o bom andamento de qualquer celebração.

Já convivi com coroinhas no grupo que agiam desta maneira. Mas quando este coroinha estava desempenhando funções a que não estava incumbido isto se tornava um problemão para a coordenação.

Pois imaginemos que ele foi escolhido para servir ao padre. De repente lá estava o Francisco – vou chamá-lo assim – preocupado com o missal ou com quem tocaria a sineta. Então ele acabava desempenhando várias funções e preocupando-se com o que deveria ser feito por outra pessoa que não ele.

O que quero dizer aqui é bem simples:

Faça sempre apenas a sua função.

Simples assim. Você está escalado para turiferar? Preocupe-se apenas com a sua função. Deixe o restante para quem irá desempenhar outras funções. É bom lembrar que o bom andamento da missa ou de qualquer outra celebração, cabe ao cerimoniário. Ele é quem tem que estar atento a tudo que rodeia a missa.

Por mais que você saiba de muitas coisas, por mais que você me diga que apenas quer estar atento a tudo que acontecerá, por mais que você me explique que quer prevenir-se de algum erro que possa ocorrer na celebração, eu lhe digo: Faça sempre apenas a sua função.

Você é ou conhece um coroinha/ Acólito assim? Fale sobre o assunto nos comentários. ;-)

Como estar bem preparado para uma celebração ?

  1. Evite conversas com outros coroinhas durante a celebração. Fale apenas o estritamente necessário e jamais se dirija a alguém ou a qualquer outro lugar sem a real necessidade.
  2. Não acene para pessoas da assembléia. Evite gestos indiscretos. Cante, responda, louve a Deus com alegria e entusiasmo.
  3. Tenha uma postura discreta: Não cruze as pernas quando estiver sentado; não cruze os braços. Nunca masque chicletes ou balas durante a missa.
  4. Mantenha certa distância do seu próximo para não atrapalhar o manuseio de livros, as gesticulações, etc.
  5. Quando estiver desempenhando uma função que utiliza algum objeto (cruciferário, ceriferário, etc.) NÃO é necessário fazer a genuflexão (ajoelhar-se). Ao aproximar-se do altar, apenas incline a cabeça em sinal de reverência.

Oração ao acólito


Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente conosco,
tornai-me digno de Vos servir no altar da Eucaristia,
onde se renova o sacrifício da Cruz
e Vos ofereceis por todos os homens.
Vós que quereis ser para cada um
o amigo e o sustentáculo no caminho da vida,
concedei-me uma fé humilde e forte,
alegre e generosa,
pronta para Vos testemunhar e servir.
E porque me chamaste ao Vosso serviço,
permiti que Vos procure e Vos encontre,
e pelo Sacramento do Vosso Corpo e Sangue,
Permaneça unido a Vós para sempre. Amém.